A Marinha do Brasil realizou um exercício de simulação de resgate e retomada no Costa Diadema, em Belém, na última quinta-feira (7/11).

De acordo com o órgão das forças armadas, a operação fez parte da preparação de segurança para a COP30 e treinou a resposta a um possível ataque terrorista ou ação criminosa.

O treinamento simulou um cenário em que forças adversas teriam assumido o controle da embarcação com reféns a bordo.

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Ação com helicóptero e tropas de elite

Marinha simula ataque navio COP30
Decks externos do Costa Diadema foram palco da simulação

Entre os destaques da atividade, que contou com cenários complexos, esteve a inserção das equipes táticas por via aérea.

Uma aeronave UH-15 “Super Cougar” da Marinha aproximou-se do navio em baixa altura, a cerca de sete metros do convés, e lançou um cabo para a descida dos militares.

No total, 14 militares desceram do helicóptero utilizando o método fast rope (descida rápida por cabo). A operação contou com militares de elite dos Comandos Anfíbios do Corpo de Fuzileiros Navais e Mergulhadores de Combate, que são especializados em missões de alta complexidade, como contraterrorismo e resgate de reféns.

Operado pela Costa Cruzeiros, o Costa Diadema tem capacidade para cerca de 4 mil hóspedes e entrou em operação em 2014. Confira mais características do navio:

Costa Diadema

‘Oportunidade ímpar’, diz coordenador

Marinha simula ataque navio COP30
Oficiais do navio junto aos miltares

Após a inserção, as equipes realizaram uma varredura na embarcação para neutralizar as “ameaças” e resgatar as “vítimas”.

Para o coordenador da ação tática, Capitão-Tenente Victor Hugo, a simulação foi uma “oportunidade ímpar” por utilizar um navio de turismo de grande porte. Ele explicou a importância do preparo para cenários extremos.

“Na ocorrência de alguma situação de crise a bordo, pode ser necessário o emprego de equipes táticas de operações especiais como o último recurso para intervir e obter uma solução da crise, restabelecendo, por fim, a segurança e a paz a bordo”, afirmou.

Ainda de acordo com a Marinha, o treinamento tem como objetivo contribuir para a segurança de diferentes tipos de embarcações civis que possam ser alvo de ações terroristas ou de pessoas mal-intencionadas.

Navios-hotéis da COP30

Marinha simula ataque navio COP30
Militares simularam tomada hostil de navio

O Costa Diadema é um dos dois navios de cruzeiro que servem como hotéis flutuantes durante a COP30, que começa nesta semana em Belém.

A embarcação, assim como o MSC Seaview, chegou à capital paraense no início do mês e está atracada no Porto de Outeiro para receber delegações.

Em operação inédita da COP30, Belém recebe os maiores navios de cruzeiro da sua história; veja imagens

Confira mais imagens do exercício:

Marinha simula ataque navio COP30
Militares embarcam no navio pelo método fast rope

Texto (©) Copyright Daniel Capella (com informações de Marinha do Brasil) / Imagens (©) Copyright Marinheiro Trindade/Marinha do Brasil