O Coral Adventurer teve sua viagem interrompida neste fim de semana após encalhar em um recife na costa leste da Papua Nova Guiné.

O navio de expedição, que viaja sob a bandeira australiana, está preso na estrutura de corais desde o último sábado (27/12). Após o fracasso de tentativas de desencalhe, a Coral Expeditions, responsável pela embarcação, confirmou que precisará evacuar seus passageiros.

Segundo informações da BBC, o incidente ocorreu a cerca de 30 km da cidade de Lae. O navio, que transportava 80 passageiros e 44 tripulantes, atingiu fortes correntes marítimas e colidiu com o fundo, resultando em uma inclinação de seis graus para bombordo.

As tentativas de liberar o navio utilizando os próprios motores e um rebocador de pequeno porte não tiveram sucesso.

Diante do cenário, a Coral Expeditions cancelou o restante do roteiro e iniciou a logística para retirar os hóspedes da embarcação e levá-los de avião de volta para Cairns, na Austrália.

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Navio detido e “inavegável”

A situação jurídica da embarcação agravou-se após inspeções preliminares. Autoridades da Papua Nova Guiné emitiram uma ordem de detenção, classificando o navio temporariamente como não apto a navegar.

A embarcação está proibida de deixar o local até que novos procedimentos de segurança sejam concluídos.

A Autoridade de Segurança Marítima da Austrália (AMSA) também deteve o navio, baseando-se na “suspeita razoável” de danos estruturais causados pelo impacto, embora não tenham sido registrados vazamentos ou poluição ambiental até o momento.

Rota controversa

navio de cruzeiro encalhado
Coral Adventurer foi projetado para cruzeiros de expedição e tem capacidade para cerca de 120 passageiros

Enquanto aguardam a chegada de um rebocador de maior porte vindo da cidade de Lae, autoridades locais apontam falhas no planejamento da navegação.

O governador da província de Morobe, Rainbo Paita, declarou à BBC que o Coral Adventurer utilizou uma rota que não costuma ser usada por operadores locais.

Segundo ele, a região do acidente é conhecida por ter recifes “muito altos”.

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Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright Coral Expeditions