
A cerca de uma semana do início da COP30 em Belém, dezenas de países ainda não têm acomodação garantida para suas delegações, segundo a agência de notícias Reuters.
Para resolver a crise logística e garantir a presença das nações mais pobres, o governo brasileiro está oferecendo cabines gratuitas nos navios de cruzeiro atracados na capital paraense.
O Costa Diadema e o MSC Seaview servirão como hotéis flutuantes durante o evento, que acontece em Belém entre os dias 10 e 21 de novembro.
A cúpula climática da ONU deve receber cerca de 50 mil pessoas. A cidade de Belém, no entanto, dispõe de apenas 18 mil leitos de hotel, o que fez os preços das diárias dispararem para mais de US$ 500.
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A oferta de última hora nos navios
De acordo com a Reuters, 37 das 186 nações ainda não haviam confirmado sua hospedagem até o final de outubro.
A situação ameaçava a participação de países africanos e pequenos estados insulares, que alertaram não ter condições de arcar com os custos.
Em resposta, o governo brasileiro, em parceria com a ONU, passou a oferecer três cabines gratuitas a bordo dos navios de cruzeiro para cada uma das delegações de 96 nações de baixa renda. A oferta foi revelada em um e-mail da ONU obtido pela Reuters.
“Estas cabines serão oferecidas gratuitamente à sua delegação”, dizia o comunicado, que informava que a ação seria financiada por “doadores privados” e coordenada pelo governo brasileiro.
Navios da MSC e Costa são a solução

Fretados pelo Governo Federal, o Costa Diadema e o MSC Seaview ficarão atracados no recém-inaugurado Porto de Outeiro, localizado a cerca de 20 quilômetros dos locais que receberão a COP30.
Juntas, as embarcações de grande porte adicionam cerca de 6 mil leitos à capacidade hoteleira de Belém. Ambas os navios, inclusive, devem chegar a Belém nesta terça-feira (4/11), após partir da Europa no final de outubro.
Garantindo a participação
Ainda de acordo com a Reuters, a presidente da COP30, Andre Correa do Lago, afirmou na semana passada que a oferta das cabines gratuitas iria para países africanos, pequenos estados insulares e países menos desenvolvidos.
“Com isso, teremos um suporte significativo para que todos os países em desenvolvimento possam estar presentes na COP”, teria dito.
Texto (©) Copyright Daniel Capella (com informações de Reuters) / Imagens (©) Copyright Daniel Capella e Governo Federal













