
A CLIA Brasil, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), lançou nesta quarta-feira (3), durante o 7º Fórum CLIA Brasil em Brasília, o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil.
A pesquisa revela que a temporada 2024/2025 movimentou R$ 5,43 bilhões na economia nacional, um crescimento de 3,8% em relação ao período anterior.
O estudo apresenta um panorama completo da última temporada, que trouxe nove navios ao país, além de trazer projeções para a estação 2025/2026.
Principais dados da temporada 2024/2025

A temporada de cabotagem, que ocorreu entre novembro e abril, transportou 838.096 passageiros. O número é 0,8% inferior ao da estação anterior.
Além do impacto econômico direto, a atividade também foi responsável pela geração de 84,6 mil postos de trabalho, uma alta de 5,3% em comparação com a temporada anterior.
Outros dados de destaque do estudo incluem:
- Impacto Total: Somando a cabotagem e os navios de longo curso, o impacto total na economia brasileira chegou a R$ 6 bilhões.
- Gasto Médio do Passageiro: Cada cruzeirista gastou, em média, R$ 709,47 nas cidades de escala e R$ 918,15 nas cidades de embarque.
- Brasileiros no Exterior: 171.300 brasileiros viajaram em cruzeiros fora do país em 2024, gerando uma receita estimada de R$ 931,7 milhões.
Estudo projeta queda para a próxima temporada

O levantamento da CLIA e FGV também confirmou as projeções de um cenário desafiador para a próxima estação. A temporada 2025/2026, que começa em outubro, terá dois navios a menos, contando com sete embarcações de Costa e MSC.
A diminuição resultará em uma queda de 19,5% na oferta de leitos, com 674,6 mil disponíveis. A expectativa é que o impacto econômico e a geração de empregos também tenham uma redução de cerca de 20%.
“A temporada 2024/2025 trouxe resultados econômicos expressivos e milhares de empregos gerados em todo o país. O setor de cruzeiros movimenta comunidades inteiras e gera benefícios reais e concretos para a economia”, afirmou Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
“Mas já sabemos que esses números não se repetirão na próxima temporada, diante da saída de navios e da redução da oferta. É urgente que setor público e privado caminhem juntos para ampliar a competitividade, reduzir custos, investir em infraestrutura, atualizar a regulação de acordo com o restante do mundo, melhorar a segurança jurídica e impostos, garantindo que o Brasil aproveite plenamente o potencial da atividade”, acrescentou.
“É por isso que a CLIA promove este Fórum: um espaço para enfrentarmos os obstáculos de frente e, juntos, encontrarmos soluções”, concluiu.
Texto (©) Copyright Daniel Capella / Imagens (©) Copyright Daniel Capella e CLIA Brasil













